Khalil Gibran

Amor...

Quando o amor acenar, siga-o
ainda que por caminhos ásperos e íngremes.
E quando suas asas o envolverem, renda-se a ele
ainda que a lâmina escondida sob suas asas possa feri-lo.
E quando ele falar a você, acredite no que ele diz,
ainda que sua voz possa destroçar seus sonhos,
assim como o vento norte devasta o jardim.

Pois, se o amor o coroa, ele também o crucifica.
Se o ajuda a crescer, também o diminui.
Se o faz subir às alturas e acaricia seus ramos
mais tenros que tremem ao sol, também o faz descer
às raízes e abala a sua ligação com a terra.

Como os feixes de trigo, ele o mantém íntegro.
Debulha-o até deixá-lo nu.
Transforma-o, livrando-o de sua palha.
Tritura-o, até torná-lo branco.
Amassa-o, até deixá-lo macio;
e então submete ao fogo para que se transforme
em pão no banquete sagrado de Deus.
Todas essas coisas pode o amor fazer
para que você conheça os segredos do seu coração,
e com esse conhecimento se torne um fragmento
do coração da Vida.


Quando

"Quando o amor acenar, siga-o
ainda que por caminhos ásperos e íngremes.
E quando suas asas o envolverem, renda-se a ele
ainda que a lâmina escondida sob suas asas possa feri-lo.
E quando ele falar a você, acredite no que ele diz,
ainda que sua voz possa destroçar seus sonhos,
assim como o vento norte devasta o jardim.
Pois, se o amor o coroa, ele também o crucifica.
Se o ajuda a crescer, também o diminui.
Se o faz subir às alturas e acaricia seus ramos
mais tenros que tremem ao sol, também o faz descer
às raízes e abala a sua ligação com a terra.
Como os feixes de trigo, ele o mantém íntegro.
Debulha-o até deixá-lo nu.
Transforma-o, livrando-o de sua palha.
Tritura-o, até torná-lo branco.
Amassa-o, até deixá-lo macio;
e então submete ao fogo para que se transforme
em pão no banquete sagrado de Deus.
Todas essas coisas pode o amor fazer
para que você conheça os segredos do seu coração,
e com esse conhecimento se torne um fragmento
do coração da Vida."