Renovando atitudes

Hamed

(...) Em todo o comportamento humano existe uma lógica, isto é, uma maneira particular de raciocinar sobre sua verdade, portanto, julgar, medir e sentenciar os outros, não se levando em conta suas realidades; mesmo sendo consideradas preconceituosas, neuróticas ou psicóticas, isso é não ter bom senso ou racionalidade, pois, na vida, somente é válido e possível o "autojulgamento".
Não obstante, cada ser humano descobre suas próprias formas de encarar a vida, pois cada um tende a usar suas oportunidades vivenciais, para tornar-se tudo aquilo que o leva a ser um "eu individualizado".
Devemos reavaliar nossas idéias retrógradas, que estreitam nossa personalidade e, a partir de então, julgar os indivíduos de forma não generalizada, apreciando suas singularidades, pois cada pessoa tem uma consciência própria e diversificada das outras tantas consciências Julgar uma ação é diferente de julgar a criatura. Posso julgar e considerar a prostituição moralmente errada, mas não posso não devo julgar a pessoa prostituída. Se, no entanto, usarmos da empatia, colocando-nos no lugar do outro, "sentindo e pensando com ele", em vez de "pensar a respeito dele", teremos o comportamento ideal frente aos atos e atitudes das pessoas.
Segundo Paulo de Tarso, "é indesculpável o homem, quem quer que seja, que se arvora em ser juiz. Porque, julgando os outros, ele condena a si mesmo, pois praticará as mesmas coisas, atraindo-as para si, com seu julgamento"(1).
O "Apóstolo dos Gentios" manifesta-se claramente, evidenciando nessa afirmativa que todo comportamento julgador estará, na realidade, estabelecendo não somente uma sentença, ou um veredicto, mas, ao mesmo tempo, um juízo, um valor, um peso e uma medida de como julgaremos a nós mesmos.
Essencialmente, tudo aquilo que decretamos ou sentenciamos tornar-se-á nossa "real medida": de como iremos viver com nós mesmos e com os outros.
O ser humano é um verdadeiro campo magnético, atraindo pessoas e situações, as quais se sintonizam com seu mundo mental, ou mesmo antipatizam com sua maneira de ser. Desta forma, nossas afirmações prescreverão as águas por onde a embarcação de nossa vida deverá navegar. (...)

(Trecho extraído do livro Renovando Atitudes)

Psicografado por Francisco Cândido Xavier