NO SANTUÁRIO DA FÉ

A Doutrina Consoladora dos Espíritos abre-nos gloriosas portas de colaboração fraternal. Perdendo na esfera da posse transitória, anharemos sempre nas possibilidades de conquistar a luz imperecível. Não duvideis. Movimentos enormes de discórdia humana se processam instante a instante enquanto as armas descansam ensarilhadas.

A guerra, com a sua corte de aflições e de angustias, não cedeu ainda um centímetro de terreno ao edifício da paz verdadeira, porquanto o ódio e a crueldade permanecem instalados no coração humano.

Não esperemos o êxtase da Nova Aurora, mantendo-nos no círculo estreito da crença improdutiva.

Se o Senhor nos conferiu olhos para o deslumbramento e ouvidos para a harmonia, deu-nos igualmente coração para sentir, mãos para agir, mente para descortinar, obedecer e orientar. A obra da Criação Terrestre foi edificada, mas ainda não terminou.

Milhões de missionários do progresso humano colaboram ativamente nos campos diversos em que se subdivide a prosperidade do conhecimento. Nós outros, contudo, fomos conduzidos ao santuário para a preservação da luz divina. Mantenhamos, pois, nossas lâmpadas acesas e acima da perquirição coloquemos a consciência.

Emmanuel - livro: Através do Tempo - Francisco Cândido Xavier
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Jesus reclama instrumentos e companheiros

Ora vós sois corpo do Cristo e seus membros em particular.
(Paulo - Coríntios, 12.27)

Não é admissível que alguém entregue o espírito à direção do Cristo e a veste corporal aos adversários da Luz Divina.

Paulo de Tarso assevera que somos os membros do Mestre, “em particular”.

Onde estivermos, atendamos ao impositivo de nossas tarefas, convencidos de que nossas mãos substituem as do Celeste Trabalhador, embora em condição precária.

O Senhor age em nós, a favor de nós.

É indiscutível que Jesus pode tudo, mas, para fazer tudo, não prescinde da colaboração do homem que lhe procura as determinações.

Os cooperadores fiéis do Evangelho são o corpo de trabalho em sua obra redentora.

Jesus reclama instrumentos e companheiros.

Quem puder satisfazer ao imperativo sublime, recorde que deve comparecer diante d’Ele, demonstrando harmonia de vistas e objetivos, em primeiro lugar.

Emmanuel - Chico Xavier
Vinha de Luz 148 edição