NÃO CARREGAR RESSENTIMENTO

NÃO CARREGAR RESSENTIMENTO

O ressentimento já foi comparado a uma brasa ardente que seguramos com a intenção de jogá-la em outra pessoa, enquanto queima a nossa mão.
Ou então, um veneno que tomamos esperando que o outro morra.
Na verdade, a palavra ressentimento é a forma substantivada de ressentir - sentir intensamente e sentir de novo.
Quando estamos ressentidos, sentimos intensamente a dor do passado de novo e de novo.
Isso não só desgasta o nosso bem-estar emocional, como também ataca, de uma maneira poderosa e negativa, nosso bem-estar físico.
De certa forma, quando guardamos ressentimento, rancor, estamos nos aprisionando voluntariamente à dor.
Alguns poderiam então questionar: Isto quer dizer que escolhemos guardar mágoa? Há, então, uma escolha? Pois parece que não. Parece que é mais forte que nós.
É difícil de perceber, principalmente para aqueles que ainda não nos conhecemos bem. Mas, sim, é uma escolha que fazemos.
Sentir raiva é natural, uma reação, de certa forma, animal. Sentir-se magoado, também.
Joanna de Ângelis, Espírito, nos esclarece:
É compreensível o surgimento de uma certa frustração e mesmo de desagrado diante de confrontos e de agressões promovidas por outrem, dando lugar a mágoas, que são uma certa aflição de caráter transitório.
Não, porém, à instalação do ressentimento.
O que ela ensina é que é perfeitamente natural termos a alma ferida com este ou aquele acontecimento, porém, carregar essa dor por tempo indeterminado no coração, é uma escolha perigosa.
É uma brasa ardente, realmente, que vai queimando por dentro, dia após dia, ano após ano, sem trazer benefício algum à alma que sofre.
Dessa forma, precisamos realizar um trabalho interior para nos livrarmos desse ressentimento o quanto antes, evitando prejuízos maiores para nós mesmos.
Esse movimento passa pela desvalorização do que consideramos ofensivo, daquilo que nos feriu profundamente.
Isso significa deixar de dar tanto valor a um fato, a um acontecimento para que nosso coração se acalme, olhe para frente e deixe de se apegar tanto a questões que já estão no passado.
O prazer de ser livre é incomparável...
Poder deitar a cabeça no travesseiro todas as noites e dizer que não guarda mágoa de ninguém é vitória da alma sobre o ressentimento avassalador.
Não nos preocupemos com a impunidade do agressor, do ofensor. Num Universo regido por leis perfeitas, criado por um Deus soberanamente justo e bom, nada fica impune, tudo tem sua consequência.
Perdoar, esquecer é também uma escolha pela saúde do Espírito e do corpo, uma vez que, livres do rancor, igualmente ficamos livres das doenças associadas diretamente ao ressentimento.
Relevemos. Perdoemos. Vivamos a alegria e a liberdade de não carregar ressentimento em nosso coração.

(Momento Espírita)