ANULAR O MAL, PRATICANDO O BEM

Um dos motivos pelos quais as pessoas buscam os Centros Espírita é o mal feito, o feitiço.

Levando nas mãos objetos estranhos, encontrados em posições bizarras dentro do lar, no carro, no jardim, no caminho que habitualmente percorrem, as criaturas chegam um tanto assustadas.

A primeira pergunta é: Quem fez isto? Para logo em seguida indagarem: Isto pode me prejudicar?

O que desejam é que os Espíritos realizem um trabalho para desmanchar o mal feito, evitar que coisas ruins lhes aconteçam.

Na verdade, nenhum mal senão o que provocamos pela nossa conduta do ontem ou do hoje, pode nos atingir.

Já nas anotações evangélicas encontramos a exortação:  Não temais que matam o corpo, temei sim os que vos podem matar a alma.

Inveja, ciúme, e toda sorte de sentimentos inferiores que destilem outras criaturas, em nossa direção, somente nos haverão de alcançar, atingindo-nos a mente e o coração, se estivermos sintonizados com a onda que nos é enviada.

Dessa forma, o melhor método para se precaver do mal é vibrar e viver o bem.

Se agimos com nobreza, se somos os cumpridores dos nossos deveres, se alimentamos o hábito da oração, nada nos poderá atingir.

O mal que nos faz mal é o mal que fazemos aos outros.

Emitir um pensamento bom em intenção de quem nos deseja o mal, eis uma fórmula ideal para neutralizar qualquer onda de malefícios.

Ademais, lembremos: Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Narram os biógrafos de Eurípedes Barsanulfo, o Apóstolo da cidade de Sacramento, em Minas Gerais, que, certa feita, alguém que detestava o trabalho que ele empreendia, em nome da Doutrina Espírita, contratou um malfeitor para matá-lo.

As pessoas que o amavam passaram a temer por ele. Pediram-lhe que tivesse cuidado, que evitasse andar por estradas desertas, por ruas escuras e nunca sozinho.

Como, no entanto, fazer isso? Os chamados dos enfermos, dos necessitados eram tantos e em horas difíceis.

Uma noite, retornando ao lar, após o dia de cansaço, foi surpreendido por um vulto.  Destacou-se da sombra e investiu sobre ele, desejando feri-lo.

Sem se perturbar, Eurípedes o cumprimentou, chamando-o pelo nome, qual se fizesse a um amigo.

Foi o suficiente para que o braço assassino detivesse o gesto.

Envergonhado, se desculpou. Uma onda de simpatia neutralizou o mal.

Só os lobos caem em armadilha para lobos, ensinava Jesus.

Feitiço, mandingas é assunto de quem ainda não encontrou a verdade, nem o esclarecimento.

Os cristãos, que vivemos em Cristo, nada temos a temer dos que nos desejam agredir.

Devemos temer aqueles que, insinuando-se, de forma sutil, buscam nos arrastar ao vício, às paixões degradantes. Esses nos poderão perder.

...Allan Kardec teve oportunidade de perguntar aos Espíritos se um homem mau com o auxílio de um Espírito mau poderia fazer mal a alguém?

Os Espíritos superiores lhe responderam: Não. Deus não o permitiria.

Liberte-se de qualquer feitiço de crenças antigas. Faça luz no íntimo, elevando o pensamento e o coração a Deus, nosso Pai.

(Momento Espírita)