SEM A LEI DA REENCARNAÇÃO, DEUS SERIA O "SER MAIS INJUSTO DO UNIVERSO".


Maravilhosa "Lei da Reencarnação" Maior Prova do Amor, Justiça e Infinita Bondade e Misericórdia de Deus. Em que se funda a Lei da Reencarnação? Na Justiça de Deus e na Revelação, pois incessantemente repetimos: o Bom Pai deixa sempre aberta a seus Filhos uma Porta para o Arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da Felicidade Eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.

Todos os Espíritos tendem para a Perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal.

Sua Justiça, porém, lhes concede realizar, em Novas Existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.

Não obraria Deus com equidade, nem de acordo com a Sua Infinita Bondade e Misericórdia, se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento.

Se a Sorte do homem se fixasse irrevogavelmente depois da Morte, não seria uma única a balança em que Deus pesa as ações de todas as criaturas e não haveria imparcialidade no tratamento que a todas dispensa.

A Doutrina da Reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas Existências Sucessivas, é a única que corresponde à ideia que formamos da Justiça de Deus para com os homens que se acham em Condição Moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações.

A razão nô-la indica e os Espíritos a ensinam. O homem, que tem consciência da sua inferioridade, haure consoladora esperança na Doutrina da Reencarnação.
Se crê na justiça de Deus, não pode contar que venha a achar-se, para sempre, em pé de igualdade com os que mais fizeram do que ele.

Sustém-no, porém, e lhe reanima a coragem a idéia de que aquela inferioridade não o deserda eternamente do supremo bem e que, mediante novos esforços, dado lhe será conquistá-lo.

Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito?

Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em nova existência.