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MOMENTOS DA ACADEMIA MONTES-CLARENSE DE LETRAS

Wanderlino Arruda

Nove de dezembro de 1968, quase atmosfera de Natal, a Academia, em convênio com o Conservatório Lorenzo Fernandez, patrocinou o lançamento do livro “Basílio”, do escritor e político Oscar Dias Correa, mesma noite da sua posse como membro honorário da Academia. Ao ensejo, o grande jurista foi saudado pelo médico João Valle Maurício. A homenagem à professora Diva Correa, esposa do autor, foi proferida pela acadêmica Yvonne Silveira, cujo discurso sensibilizou a homenageada e a todos os acadêmicos e convidados.

No final da sessão, o dr. Oscar Dias Correa, homem público de fama em toda Minas Gerais, fez o agradecimento em seu nome e no de sua esposa, dizendo que a ideia de escrever o seu livro nasceu em Montes Claros, depois da leitura de “Grotão”, do dr. Maurício, e “Brejo das Almas”, de Olyntho e Yvonne Silveira, as duas publicações, fonte de inspiração. Como sempre, as festividades foram concluídas com muitos cumprimentos e um coquetel temático baseado no tempo-espaço de Natal e Ano Bom.

Em 28 de dezembro de 1966, uma homenagem ao grande luso-montes-clarense Jayme Rebelo, com uma edição especial do JMC-Jornal de Domingo, textos assinados por Yvonne Silveira, Carlos Gomes da Mota, Antônio Lafetá Rebello, Ivana Ferrante Rebello, Magnus Medeiros, Ruth Tupinambá Graça, José Carlos Lafetá, Wilson Athayde, Roberto Teixeira Campos, Júnia Veloso Rebelo, Expedido Guarinello, José Gomes de Oliveira e Antônio Augusto Athayde. Em todas as escritas as palavras de reconhecimento ao sr. Jayme Rebello, uma figura exponencial de todos os méritos como chefe de família, comerciante, pecuarista, incentivador dos esportes, homem do progresso em todas as dimensões. Deixa um legado para a história de Montes Claros, de Coração de Jesus e da vasta região do Norte de Minas.

Vinte e um de fevereiro, ano da graça de 1969, noite de festas para receber mais três importantes confrades: professor Athos Braga – Cadeira nº 21, Patrono Pedro Augusto Teixeira Guimarães, dr. Abelardo Teixeira Nunes – Cadeira nº 22, Patrono Antônio Gonçalves Chaves, e dr. Júlio César de Melo Franco – Cadeira nº 23, Patrono Herculino Teixeira de Souza, os três saudados pelo cônego Joaquim Cesário Macedo que os considerou “três nomes de destaque na intelectualidade montes-clarense”.

Os agradecimentos foram individuais, em discursos bastante aplaudidos, pois muitos os méritos de cada um: Athos Braga, o notável professor e orador, um dos fundadores da Loja Maçônica Deus e Liberdade e do Instituto Norte Mineiro de Educação; Abelardo Teixeira Nunes, promotor de Justiça, o poeta do Piauí; Júlio de Melo Franco, o ilustre jornalista, famoso pela fome de leitura e pela inteligência privilegiada.

Na segunda parte da reunião festiva, a Academia prestou homenagem ao ensino superior de Montes Claros, com entrega de diploma à professora Mary Figueiredo, importante mestra de Língua e Literatura Francesas, de quem Yvonne e eu tivemos a honra de ser alunos no Curso de Letras.

Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros

Wanderlino Arruda